sábado, 12 de junho de 2010

Doando conhecimento

A discussão envolvida no dar e no ensinar está intimamente associada à ligação que cada um de nós tem com o meio social. Se, de um lado, a doação é sinônimo de caridade, do outro pode representar a ganância do talento e a ostentação do poder. Já no ensinar, figura o estímulo à autossuficiência e à crença num aprendizado útil. Diante destas proposições se faz necessária a exemplificação dos fatos.

Num país dito emergente, como o Brasil, é constante a atuação de empresas e/ou pessoas que doam dinheiro, bens e propriedades a instituições caridosas necessitadas. Mas será que só a caridade está associada a esses feitos ou há um fundo subjetivo por trás destes interesses?
O ensino, apesar de precário em muitas partes do país, é cada dia mais tido como diferencial no sucesso profissional e na estabilização financeira dos brasileiros. Desta forma, torna-se alimentação de uma sociedade em constante mudança, criando a esperança de um Estado mais preparado e crítico.

A legitimidade das intenções por trás destas instituições sempre foi duvidosa. Sejam empresas angariando benefícios e lucros sejam professores sem credibilidade ou interesse na formação concreta e estável de cidadãos preparados. Mas será que o que falta na capitalista, urgente e efêmera sociedade atual não é essa soma, da doação e doutrinação, empregada com responsabilidade e compromisso?

A doação, num momento inicial, deve ser anexada ao estímulo à autossuficiência do indivíduo. Presenteá-lo com o conhecimento é a melhor doação que se pode fazer. A caridade de dar não o capital, mas uma oportunidade de alcançá-lo. Uma meta que depende da doação de cada um e do conhecimento de todos.
Texto escrito em: 26/03/2010

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